Seus olhos não estão te enganando… Nesta foto há mesmo uma mulher barbada e só se fala nela na Europa esta semana! O motivo? Conchita Wurst acaba de ganhar o concurso Eurovision, uma espécie de American Idol (The Voice, X-Factor, etc.) europeu, que existe desde 1956. Pode parecer estranho que algo tão tradicional possa ter escolhido uma figura tão atípica como vencedora, e é! Por isso o burburinho.
Conchita Wurst na verdade é o alter ego de Thomas Neuwirth, um austríaco que sempre correu atrás do estrelato através da música e finalmente conseguiu. Sua primeira aparição em show de calouros foi na adolescência, em 2006, ainda com carinha de menino. Acabou em segundo lugar. Thomas ainda se inscreveu mais duas vezes em concursos de talento, antes de finalmente descolar uma vaguinha no Eurovision.
Agora Conchita Wurst é a mais nova vencedora do programa, o que deixou muita gente feliz e muita gente revoltada também. Na Rússia, país que vive uma forte repressão contra os gays nos últimos tempos, alguns homens estão raspando a barba em protesto. Enquanto isso, no resto do continente, rola uma campanha com barbas de tricô em apoio a Conchita. Muito legal! Além disso, a sua performance na final já está em primeiro lugar na própria Rússia. ;) Confiram:
Tem talento ou não tem? E não é isso o que importa? Eu sei que esta não é uma pauta convencional do blog, mas fiquei comovida com a sensibilização coletiva dos apoiadores e também a forma criativa e bem-humorada que encontraram de combater a intolerância. Aliás, não sei o que incomoda tanto os opositores! Se eles acreditam que nada deve fugir ao padrão dominante, ainda assim, em muitas maneiras, a personagem Conchita Wurst (que tem até biografia própria) é uma diva melhor do que eu jamais serei:
Conchita tira muita onda! Além de ter vestidos glamurosíssimos, saber se maquiar com primor (tem até tutorial na web) e cuidar desse cabelón, segura muito bem essa barba, rs! É só olhar a simulação com a mulherada aí em cima. Ah! Também não podemos esquecer o emoji exclusivo… hahaha.
Claro que tem que ter senso de humor para entender essa argumentação, né? Mas o ponto aqui é que esses preconceituosos que acham que mulher só existe em um padrão não estão com nada! ;)
Beijos e um brinde à tolerância,
Gabi
Conchita é o que ela disser que é.
Mas vocês tentarem definir uma mulher por parâmetros?! “Mulher melhor que nós”?!
Vocês fazem o contrário do que propõem fazer nesse discurso… tsc, tsc…
Acho que você não entendeu a ironia do texto… Leia com atenção! ;)
Mas mudamos o termo para algo mais explícito, caso mais alguém desatento passe por aqui!
Beijos G.
Li muito bem, mas me parece uma mais auto-ironia…
En tu prototipo de mujer ideal me hago pis!
Se ele se sente bem como mulher, poderia ao menos fazer a barba… nao tenho preconceito com pessoas trans*, mas acho que dessa forma fica parecendo que ele(ou ela)só quer chamar a atenção. De qlqr forma elx esta conseguindo, mas cá entre nós, é muito estranha essa barbona
Mas acho que a ideia é mesmo chamar atenção! :)
A barba faz parte da causa… É um símbolo!
Beijosss G.
A ideia por trás da barba vai muito além de uma questão estética… ;)
Beijosss G.
sou fã de Conchita há muito tempo. a barba neste visual feminino, para quem não acompanha suas entrevistas é sua maneira de dizer que as pessoas têm que ser respeitadas pelo que são, não pelo que aparentam. ela está lutando pela diversidade, contra o preconceito, o racismo, as perseguições religiosas e políticas. estou torcendo para que continue assim e use sua voz maravilhosa para falar em nome de todos aqueles que não são ouvidos.
Isso aí! Somos duas!! :)
Beijosss G.
Falou tudo!
Beijosss G.
Achei o visual dela muito louco e interessante e apóio totalmente cada um usar o que lhe agrada =)
No caso dela, a barba é tanto um statement quanto uma questão estética e o pior (ou melhor!) é que ficou belíssima!
Bjs!
Né?! Achei a barba genial! Tanto que virou símbolo! :)
Beijosss G.
Né? Muito êxito essa barba! rs
Beijosss G.
Acho fantástico como ela brinca com os padrões estabelecidos do que seja a tal ‘feminilidade’ e afirma a ideia de autonomia – posso aparecer como quero, por que sou o que sou ;).
Também acho que uma mulher barbada não é menos mulher do que qualquer outra, mas vamos comentar: ela é 10 vezes mais diva do que muita diva que nasceu identificada como do sexo feminino, há isso ela é.
Hahahha… Com certeza! É muito talento (além da música)!!! :)
Beijosss G.
Cada dia gosto mais do blog de vcs!
Fui começando a ler aos pouquinhos e agora já está nos meus favoritos.
Esse post só me deu mais vontade de voltar aqui pra ler o blog sempre!
Adorei o tema (pouquíssimo pautado pelos blogs, vale lembrar), a abordagem e o senso de humor, um arraso!
Beijos!
http://www.tendencialist.com
Oi Nathália!
Muito obrigada pelo comentário!!
Fico super feliz que goste do blog!
Esse feedback positivo é tudo de bom… :)
Muita gente deixa de falar sobre esses assuntos delicados, porque há sempre o risco de ser mal-interpretado.
A internet pode ser um ambiente agressivo, rs.
Mas acho que esse é um assunto que tem que ser disseminado ostensivamente, para promover a causa! <3
Amei sua mensagem.
Beijosss G.
Meus queridos, por favorde uma vez por todas: Eurovision não se com para em nada com American Idol, The Voice, X-Factor… Não chega nem perto de ser isso…
Eu sou fã do festival desde 1999 e desde então tenho realizado esforços para divulgá-lo no Brasil e sempre escuto essa comparação. O Eurovision é muito mais que um concurso de música. É um festival de cultura, de amizade, de integração. É o maior concurso musical do Mundo… Não chega nem perto de um reality show nos quais os americanos mais incentivam a rivalidade e a competição (beirando a carnificina).
Hahahaha… Ok!
Poderia ter um por aqui, né?
Beijosss G.
É o mais espetacular show,sem dúvida.