Muitas vezes lendo comentários de leitoras eu (Gabi) fico meio frustrada ao ouvir de tantas meninas que queriam muito mas não conseguem arriscar nos looks ou que acham tal coisa linda, mas que não é para elas. Não que eu não compreenda tal sentimento… Até porque, existem muitas coisas que eu adoro e que hesito um bocado para usar por aqui. Tenho mil chapéus diferentes, mas só consigo usar na gringolândia. Por que será?
Fato é que o brasileiro é um povo virginiano (7 de setembro, né?) e crítico por natureza. Tenho várias memórias de momentos em que me deixei levar por alguma ousadia e fui quase que imediatamente reprimida. Lembro até hoje do dia em que resolvi colocar uma bandana na cabeça para ir ao colégio e me chamaram de “empregada“. Sim, é terrível por vários motivos, sobretudo por desmerecer a profissão ao usá-la em tom pejorativo. Felizmente, eu já era uma menina maior do que todo mundo, então aquele tipo de tentativa de bullying não colava por muito tempo. Hahaha… Calma gente, nunca bati em ninguém (que eu me lembre), mas o tamanho ajudava a impor respeito e me passava segurança, rs.
Na adolescência eu já fazia parte do coro clichêzão “sou apaixonada por moda“. E claro que minhas referências não faziam parte da cultura geral. Consigo me recordar de alguns episódios clássicos, como quando eu comprei uma sapatilha dourada e fui comparada ao Michael Johnson. Sim, houve uma época em que essa coisa banal era completamente inovadora. As sapatilhas não estiveram sempre aí como às vezes pode parecer, rs. Eu também adorava uma Pashmina… Tinha várias e me diziam que eu estava saindo de lençol. Mas eu ria! Porque é engraçado mesmo. Determinada vez fui sacaneada (#carioquismos) porque estava de arco na cabeça. Aparentemente, nem todo mundo conhecia Blair Waldorf. Me aproveitei disso e soltei “eu não sou a única a usar arco, eu sou a primeira”. Era mentira, mas naquele círculo, serviu como verdade.
O meu ponto é: o ambiente não é favorável. Se você vai ousar, é bem provável que alguém vá comentar, ou te olhar de cima a baixo. Faz parte da nossa cultura, somos críticos e muito autocríticos. Como brasileira e nascida em 12 de setembro, sou duplamente virginiana, e sofro muito com os meus reflexos de imediatamente julgar todo mundo. Mas, com o passar do tempo e bastante exercício mental, venho melhorando muito. E acho que ao avaliar menos as pessoas, consegui relaxar mais comigo mesma. Faz sentido?
(não sei se esse encaixou, mas sempre cabe um Sherlock no meu <3 )
Mas a ideia aqui não é pregar o julgamento zero. O objetivo é bem menos ambicioso. O que eu gostaria mesmo era de ver todo mundo se arriscando mais em nome daquilo que quer vestir. Uma pequena revolução no microcosmo do guarda-roupa. Por que não usar aquela blusa diferente que está encalhada no seu armário com a etiqueta ainda? Ou então, juntar duas peças que não são básicas? Você não vai ser comparada à Anna Dello Russo por causa disso… E na pior das hipóteses, se não der certo, o que você perdeu? Supondo que você saia de casa e se arrependa do look, então esse você não põe no Instagram, rs.
Estou tentando ampliar as fronteiras das minhas limitações, porque sei que a maioria delas mora na minha cabeça. Claro que continuo dando preferência para modelagens e cores que me valorizem ou que pelo menos não desvalorizem. Mas neste caso é só bom senso útil, rs. A moda está tão democrática hoje em dia, não vale a pena pensar fora do quadrado de vez em quando? Acho que não há tanto assim a perder cometendo pequenas ousadias. Sem contar que vai dar para aproveitar muito mais do armário. Somos tantas amantes de estilo por aí… Está cada dia mais fácil cruzar com alguém que entenda a sua inpiração. Quem sabe não rola um elogio?
Uma vez alguém me disse “vergonha não serve pra nada“. Foi uma das melhores observações que já ouvi e até hoje não achei a função da vergonha, rs. Quem está comigo? :)
Beijos,
Mandy e Gabi
Arrasou, gabs! sabe que eu ando até vendo ma galera dando uma ousadinha a mais, usando mais acessórios ousados, coroas de flores e tudo mais em certos eventos… Eu já super uso essas coisas no dia-a-dia e nem ligo pra quem tá olhando ahahahaha mas torço por um futuro bem próximo onde mais pessoas também não liguem pra “caretisse” alheia e usem o que der vontade! <3
Também acho que temos melhorado em relação a isso!
Há esperança!! :)
Beijosss G.
Estou super com você! O negócio é ousar e segurar o look, aguentar as olhadas de cima abaixo, as críticas positivas e negativas também.
Com certeza! Atitude segura qualquer coisa…
Beijosss G.
Texto sensacional, me identifiquei completamente (até me assustei com isso!) sem falar que também sou de 12 de setembro! Amei, e também acho que o problema maior do brasileiro, é ser MORALISTA demais. “Só quem pode ousar são os famosos”… uma pena, pq isso reprime muita gente mesmo.
Eeee!! Fazemos niver no mesmo dia! :)
Pelo menos os famosos podem, né? hahahaa…
Já é um avanço!
Beijosss G.
Se vc for se preocupar com a opinião das pessoas em geral, vai sair de casa totalmente sem graça e zzzz todo dia. A grande maioria das pessoas não se liga em moda, ainda se choca com peças de roupas que nós achamos normais, como peplum e maxicolar. Sempre vão fazer um comentariozinho besta. Tem que entrar num ouvido e sair pelo outro, em prol do nosso estilo.
Nossa! Ainda estranham maxicolar? hahaha..
Essas pessoas devem morar numa caverna! rs
Beijosss G.
Gabi super concordo contigo ! Em gênero, número e grau !! Rs…
Como diriam as meninas do Coisas de Divas, uso o que me faz feliz !!
Mas infelizmente as pessoas julgam e são muito cruéis !!
E eu sou uma tonta, que me preocupo demais com a opinião alheia e muitas vezes me contenho !!
Me identifiquei demais com o lance da pashmina !! Também adoro, acho estilosa e sou mega friorenta, mas sempre tinha um Zé mané pra falar que eu parecia uma vovozinha enrolada no cobertor !! Mas pra isso nunca liguei ! Lenços e pashminas são uma das minhas marcas !! Haha..
Quem sabe um dia eu chego lá e estarei ousando mais fazendo combinações mais originais como as suas e da Mandy !!
Beijinhos
Oi Laís!
Acho que o melhor jeito de perder o medo é fazendo seja lá o que te assusta de uma vez! :)
Se tem algo que você esteja deixando de fazer por causa dos outros, faça amanhã! rs
Beijosss lindona!! G.
Adorei o post! Eu tbm fugia um pouco do básico na escola (isso pq usava uniforme)e era mega julgada! Mas me acostumei e hj em dia nem ligo. Tenho uma capa prateada da Stella McCartney pra Adidas que comprei por um precinho mara num outlet e só usei 2x… chama muuuuuuuuuuito a atenção! Penso “ai, vou usar num evento bapho” mas não tenho nenhum evento assim… criando coragem pra usar mais…
beijoooos
Ai que linda!!! Usa mais sim… Assim você acostuma! ;)
Beijosss G.
E quando tenho que ouvir “onde vai toda arrumada?”…
Comprei tanta coisa na gringa que nunca usei aqui, é triste.
(chapéu = amor)
Pois é! Aqui no Rio também tem muito essa cultura do underdressing então, quando você se arruma, todo mundo estranha! rs
Beijosss G.
Aii Gab me diverti com essse post, na escola eu era o cano de espingarda, impunha respeito, sempre quis uma briguinha pra ter historia pra conta mas nnguem queria (sniff)kkk.
E as meias de gossip girl? aonde vc vai de cosplay do pica pau?
¬¬ kkkkkkkkkk
Hahahahahaha…. Cosplay de Pica-pau é sensacional!
Podíamos fazer uma coletânea das coisas absurdas que já ouvimos dos caretas! rs
Beijosss G.
Super concordo com a sua ideia de “transgressão”. Moda é um negócio tão legal, tem tanta vertentes e tantas opções, pq se sujeitar ao q os outros acham da gente? Até pq eles tbm podem mudar de ideia. Só não vale ousar para agradar os outros, fora isso, temos mais q nos satisfazer. Bjs…
Concordo Laura!
A ideia é ter liberdade para fazer o que queremos… ;)
Beijosss G.
Adorei o texto. Já vivi muito tempo presa na vergonha. E minha experiência de libertação foi viajar pra Inglaterra. Passei um mês em 2011 e fiquei maravilhada como lá dá pra ser criativo ao extremo – e não chamar atenção por isso. Sério, Lady Gaga passa despercebida! kkkk… Foi maravilhoso: gostava de estampas, mas nunca tinha coragem de ousar muito. Aí comprei umas roupas muito, tipo MUITO coloridas [tenho um vestido tipo chevron de crocê todo colorido que uso até hoje], misturei estampas, e assumi o volume dos meus cabelos cacheados [quanto mais ~assanhada~, mais me elogiavam]! Foi um mês no paraíso!
Quando voltei pra casa, não consegui mais parar. Mesmo com todos os olhares tortos na rua. E com a reprovação de alguns amigos e familiares meio assustados. Não virei nenhuma Anna Dello Russo, mas liberei a verve colorida que tinha em mim. Hoje, quase 3 anos depois, meio que virei “ícone” fashion entre as amigas, várias pessoas vem me pedir dicas e já fui até confundida com estudante de moda [estudo Direito, vejam só que coisa mais quadrada].
Toda essa história é pra mostrar que vale a pena assumir-se: com todos os seus gostos e desejos, e se expressar como quiser. Pode até chocar no início, mas quem realmente importa vai curtir com o tempo – porque quem te ama quer te ver ser você mesma. E quando você se sente bem, ah, isso atrai olhares!
Próximo passo é comprar um chapéu. Faz todo o sentido [prático inclusive] no sol de lascar de Recife.
Beijos! E vocês me representam!
Malu! Tivemos a mesma experiência… Morei em Londres por um ano e ficava admirada!
Acabava que eu estava sempre coberta porque sou muito friorenta, mas ainda assim usava tudo que tinha vontade. Era um luxo!
Você chegou a cruzar com o funcionário do metrô que era super punk, com um moicano colorido e milhões de piercings? Ele ficava sempre em Piccadilly Circus! A imagem daquele cara é a coisa mais sensacional que eu já vi! Como um país tido como ultra tradicional, tinha um funcionário público tão exótico. Fiquei feliz! rs
Amei a sua história! E adoro Chevron… rs
Beijosss G.
Vim aqui agradecer o post inspirador pois me identifiquei muito, e não é que nos comentários descobri mais uma coincidência maravilhosa, Londres também foi o divisor de águas na minha vida fashionista, lá eu conseguia comprar e usar roupas que antes ficava receosa de usar aqui, e não é quando voltei deixei de me importar, até uma meia calça vermelha comprada e encostada no guarda-roupa passou a desfilar pelas ruas de São Paulo…
Beijos e parabéns pelo blog que amoooo
Hahahaha!!! Adorei a meia-calça!
Todo mundo merecia uma temporada em Londres pra ver o que é ousadia! rs
Beijosss G.
Adorei o seu texto e realmente é super engraçado o olhar que recebo e nem ligo, por sair quase sempre de chapéu.
Moro no Rio de Janeiro, Ipanema, mar lá na esquina e o povo torrando com o sol na cabeça…porque esse medo do chapéu?
Tenho vários e vou usando de acordo com a roupa do dia.
Quando esfria, entra em cena os meus lenços e pashminas e aí é outro olhar atravessado…fazer o que, rir de tamanha jequice.
Esse olhar daqui que o certo é estar “underdressing”, não bate comigo; moro a maior parte de minha vida aqui, mas minha alma paulistana, talvez seja o fator de estar sempre embonecada e assim vou levando e sendo feliz.
Beijos e não tenham medo, ousar faz bem, muito bem.
Sim! Temos essa cultura muito forte por aqui!
Mas acho que independente de o quão arrumadas queremos sair, mesmo que você esteja bem despojada, se a sua roupa for diferente, os mesmos olhares serão distribuídos. Eu mesma costumo ser bem relax com arrumação e guardo o fôlego para me arrumar em ocasiões especiais, rs.
Admiro muito quem tem paciência e disciplina para se arrumar todo dia!
Keep it Up! :)
Beijosss G.
Adorei o post! Principalmente a parte que diz: “Estou tentando ampliar as fronteiras das minhas limitações, porque sei que a maioria delas mora na minha cabeça.” Porque acho que isso acontece com todas, não é mesmo?! Com todos também. A gente nasce parece que dentro de uma pequena jaula e é bem difícil se soltar dessas amarras invisíveis. Sendo que a decisão está no local mais acessível que existe, nas nossas lindas cabecinhas!! Concordei com cada linha e adoro conteúdo desse estilo. Um abraço! ;*
http://thewhitesubmarine.blogspot.com.br/
https://www.facebook.com/thewhitesubmarineblog
Obrigada Sofia! :)
E é isso mesmo… Tudo começa na nossa cabeça!
Vamos mudar em nós, para mudar o mundo!
Beijosss G.
Ameei o texto e os comentários também! Sempre sinto essa coisa de ser meio “boicotada” pela cultura e pelo ambiente aqui no Brasil. Morei durante 4 anos no Rio enquanto fazia minha faculdade de administração e ficava chocada com como até um batonzinho vermelho parece uma coisa de E.T. quando não é uma festa. Acho estranho e engraçado ao mesmo tempo, mas acaba sim fazendo com que ousemos menos por aqui. E os homens, então? Morro de rir com meu marido, meu irmão e meu pai com as impressões e caretas deles pra certas coisas que entram/voltam à moda. Espadrille da Chanel quando lançou os 3 falaram a mesma coisa “vai sair de pantufas?”. Enfim, com algumas coisas, vide a espadrillle, eu rio, sacaneio tbm, mas vou do jeito que eu queria, com outras não, realmente fica aquilo martelando que todo mundo vai olhar e acabo desistindo. Como vocês falaram ali em cima, em outros lugares como Londres fica mais fácil explorar nossa parte mais criativa e ousada, onde podemos até andar vestidas de pavão que fica tudo ok. Nunca morei por lá, mas de vez em quando tenho que ir a trabalho e acredita que já fico pensando em algumas combinações e peças que estou louca para usar mas não tenho coragem por aqui? Um dia pretendo chegar no nível de superar todas as neuras e usar o que eu quiser e tiver vontade onde eu quiser! :)
Sei como é Juliana!
Também planejo ousadias maiores para a gringolândia! rs
Acho que é natural extravasar lá fora, onde é mais relax – e onde a gente não conhece quase ninguém também! hahaha…
Mas vamos exercitar a criatividade aqui também! :)
Beijosss G.
Oi Gabi!
Me identifiquei muito mesmo com o seu texto. Eu tenho até o ascendente em virgem, sou extremamente critica (outro dia você ou a Mandy falaram sobre o cabelo de uma atriz de Game of Thrones e citaram a “tesoura imaginária de vocês haha eu sou bem assim)e é bem difícil não julgar os outros e a si mesma. Mas acho que as coisas estão caminhando pra melhorar! Quando eu era mais nova e aparecia de sapatilha na escola, me perguntavam “por que você só usa sapato de velho?” É o tipo de coisa que desanima e faz você pensar duas vezes antes de comprar aquele batom vermelho ou a calça com estampa diferente e simplesmente pensar clássico, sem ousar ou tentar imprimir um pouco de personalidade na roupas ou maquiagem.
Enfim, amei tudo, amo vocês, identificação total e completa. E já te disse que você é linda Gabi? Gente que boca linda! Hahaha beijos
Hahahahaha… obrigada! :)
O meu problema com os cabelos extra-longos vai ser o mais difícil de superar! rs
Mas um dia eu chego lá!
Pelo menos a gente sabe que todo mundo que zuou sua sapatilha, pagou com a língua em algum momento! ;)
Beijosss G.
Super me identifiquei com texto. Tive um caso praticamente igual ao teu quando criança usei bandana no colégio e também me chamaram de emprega.
Com tempo fui aprendendo a não ligar pra olhares e opiniões. Tive uma época super underground/dark hoje que reflete no meu estilo até hoje.
Acho que temos que parar de se importar com isso e usarmos aquilo que gostamos.
Beijos
O caso da bandana é péssimo… Crianças podem ser terríveis, rs.
Que bom que você conseguiu se libertar desses olhares e comentários!
Esse é o espírito! <3
Beijosss G.
Nossa. Super me identifiquei com o post. Tanto que é a primeira vez que comento aqui, mesmo lendo o blog assiduamente ha bem uns dois anos.
Realmente, e impressinante o quando o BR nos restringe no estilo. E o quanto me sinto livro pra ousar na criatividade dos looks.. E o quanto isso em faz bem.
Morei em Londres por alguns meses. E hoje trabalho na italia. Quando volto pro RJ nas ferias, morro sempre no trivial, no basicao..
O post me fez refletir a respeito. Hora de derrubar as fronteiras
Simmm Michelle! Traz o estilo italiano pra cá!!!
Amo tanto! Elas são muito estilosas… <3
Beijosss G.
Puxa!!! Super me identifiquei com o post! É a primeira vez que visito o blog e logo de cara, já ameeeeiii!!!! É impressionante como aqui no Brasil as pessoas tem certos tabus com coisas tão simplórias! No dia que saí de chapéu na Avenida Paulista, me senti um ET…fora pessoinhas fazendo brincadeiras idiotas me chamando de “Jackie Jackson”! Ô povo atrasado, viu?!
Hahahahaha… Gente! As pessoas são tão criativas na hora de zoar! Porque não são na hora de vestir?
Beijosss G.
Vergonha ajuda na hora de pensar em usar esse look aqui ó:
http://s2.glbimg.com/7eInmmaEs5ecAOXnEEwdf6SYg5c=/s.glbimg.com/et/bb/f/original/2014/04/02/aline_vestido_620x500.jpg
Ninguém disse que era pra ser sem-noção!
hahahaha… :P
Beijosss G.
Falou e disse!
Voce sabe como o Brasil me irrita com esses julgamentos e limitações!
E sim, todas deveriam passar uma temporada em Londres. Rs
É realmente um divisor de aguas na vida!
Como alguem disse ai em cima, Lady Gaga passa despecebida total!
E Gabi o punk de cabelo vermelho moicano ainda trabalha em Piccadilly Circus! :)
Texto muito bom amiga!
Well done! <3
<3 <3 <3 <3
Quero voltar logo! :)
Beijosss G.
A verdade é que o brasileiro é extremamente tradicional, arraigado a essa tradição e bastante preconceituoso.
Pode observar um movimento simples: topless na praia. Pra resumir, na praia em Barcelona, a gente vê mulheres usando, super normal, criança do lado e tudo. Aqui no Brasil, se você não fizer num espaço reservado exclusivamente pra isso, vai presa.
Fica difícil ousar por que a censura e a auto-censura já estão incrustados na gente devido a esses fatos de infância e adolescência e até mesmo ao “você vai sair assim?” do seu pai, mãe, namorado, amiga, etc.
Não to dizendo que dá pra sair de peito de fora e tal. Só usei o exemplo pra ilustrar que os países, principalmente europeus, têm a mente mais aberta a “ousadias”. No campo da moda não é diferente. Lá você sai com chapéu sem chamar atenção de ninguém, aqui você vira aloka do chapéu. hehehe
Não sei se tem alguma explicação antropológico-social pra isso. Imagino até que tenha. Mas que é verdade, é.
É verdade Ju!
Essa frase é proferida durante toda a nossa vida! rs
Censura em toda parte…
Beijosss G.
Nossa, me identifiquei muito com esse post, porque como também sou carioca entendo perfeitamente o que você está falando. Acho que o Rio de Janeiro supera todos os estados no quesito crítica de estilo. Lembro de já ter sido julgada por simplesmente ter feito franja no cabelo. Eu sempre gostei de ser diferente mas aí era gongada na escola e ficava super mal. Hoje eu aprendi a não dar tanta atenção aos olhares alheios e quer saber: foi a melhor coisa. Depois do “choque” inicial as pessoas se acostumam e até elogiam. A verdade é que a maioria quer ousar mas não tem coragem, e critica quem ousa.
Com certeza aqui no Rio é pior! Não se do Brasil, mas até onde eu sei, rs…
A gente é muito despojado! Acaba estranhando ainda mais quem tem algum cuidado diferente! :P
Beijosss G.
É minha primeira vez por aqui e já adorei e me identifiquei demais com seu texto! Estou num projeto de um ano sem compras, já no 8º mês, e percebo o quanto minha noção de moda tem mudado. Claro que tem coisas que estao no meu guarda roupa que estou repassando, porque não combinam mais comigo ou com quem eu quero “ser”, mas estou me permitindo muito mais agora, que não estou comprando. Aprendi a usar melhor minhas roupas e o pinterest sem sombra de dúvida ajuda demais a gente. Quando tô meio sem ideia de usar uma camisa jeans, por exemplo, dou uma pesquisada pro lá e encontro inumeras formas de usá-las. Falta isso! as pessoas simplesmente descartam suas coisas, usam uma vez e jogam fora, repassam! Cade o exercicio da criatividade? Precisam parar de simplesmente serem um cabide de tendências e colocar personalidade no que se veste, ousar mais mesmo e se preocupar menos com os julgamentos alheios. Infelizmente o brasileiro é assim mesmo, mas como diz a música “deixe que digam, que pensem, que falem…”
beijos!
Gabi, que delícia de post, me vejo escrevendo ele, afinal também sou virginiana super crítica e concordo com tudo!
Sempre curti essas ousadias mas também ficava nessa de ‘muito legal na fulana, mas não tenho coragem’, assim como várias das minhas amigas.
Até que vim passar um ano(fico até janeiro/2015) no País de Gales e ~me encontrei aqui! Apesar de aqui ser cidade pequena do interior, cabelo colorido é uma coisa suuuper normal, os meninos se vestem bem melhor que no brasil(como se não bastasse um muso a cada esquina!) e ninguém liga se a secretária na faculdade tem cabelo black power vermelho, sabe?
Acabou que fiquei looouca pra pintar o cabelo de rosa, mas comprei a tinta e acabarei pintando só no brasil(aqui é caro :S). Sobre os chapéus, sofro do mesmo mal, mas comprei um na Alemanha(porque não resisti quando achei meu tamanho) e tenho usado algumas vezes, me salvou super num dia de cabelo sujo e sem acesso a secador, amei!
Vou levar ele pro Brasil, mas é de feltro e esquenta, então acho que vai ficar mais no guarda-roupas que na minha cabeça. De todo jeito, valeu demais pra abrir a cabeça e começar as pequenas ousadias :)
Mas meu sonho é a o brasileiro em geral abrir a cabeça, tenho uma preguiiiiça dos comentários ‘de tia’ recriminando, sabe?
Beijo!
Sei bem como você se sente! Eu quando morei aí cheguei até a comprar a tinta – que não era rosa, mas era um semi-ruivo.
Felizmente, desisti da ideia! Acho que não teria dado muito certo, mas a vontade bateu forte!
Outra coisa também é que cabelo se cuida aqui. Fiz californianas num salão bem bom de Londres e ficou uma porcaria, rs.
Meus cortes idem!
Brasil é a capital do cabelo! :)
Já o chapéu, vale comprar um de palha quando chegar aqui!
Tenho usado sempre!
Beijos,
Gabi
Me identifiquei completamente, só consegui usar meus looks na “gringlandia”. esta de parbéns o texto gabs
Gostei muito do seu texto! Aqui onde moro e uma região bem pequena. Então as pessoas daqui não sabem a diferença entre você se vestir bem ou para impressionar alguém, eles acham que roupas com tecidos finos e elegantes são apenas para pessoas importantes! Pensamento bem medíocre! Depois de ler o seu texto irei OUSAR bastante, com certeza. Vou deixar o povinho ainda mais medíocre kkkk