A LEI DO SHORTINHO

Na última semana muito se falou sobre as regras vestimentares que estão tentando impor na Câmara de Deputados aqui no Brasil. Muita gente acha a regra justa, muitos acham absurda… Mas e se eu te disser que nos Estados-Unidos tem gente querendo banir determinadas peças de roupa na cidade inteira?

Uma cidade no Alabama está estudando um projeto de lei que proíbe o uso de shorts curtos por lá. Isso mesmo. Nenhuma mulher vai poder usar shortinho se o projeto for aprovado. A história toda começou com a idéia de proibir a calça Saggy, aquela bem larga que deixa a cueca dos meninos aparente. Para não prejudicar apenas os rapazes, resolveram jogar o shortinho (e a sainha também) na roda. Em uma cidade no estado de Louisianna a calça saggy já é proibida… Eu hein.

Claro que não faltaram argumentos relacionados ao tal “tem que se dar ao respeito“. Também tem aqueles que alegam que essas peças de roupa são falta de respeito com o próximo. Pessoalmente, acho que algumas calças saggy são muito exageradas e que alguns shorts são mesmo muito curtos. Prefiro um shortinho que não mostre a popa do bumbum. Acho mais bonito. Agora, porque eu deveria mandar na roupa do outro? Quem decide onde é que a roupa deve começar ou terminar? E isso pode mesmo ser considerado crime, como estão fazendo? Será que o tal respeito que está faltando não é à liberdade alheia?

Tem também outra questão é que muitos alegam que a proibição das calças serviria de pretexto para abuso policial contra negros. Esta pauta está sendo bastante debatida por lá nos últimos meses, por conta dos casos recentes de racismo na polícia americana. O uso destas calças é majoritariamente de negros, o que explicaria o temor de algumas pessoas.

Só sei que não acho que não exista alguém habilitado para interferir nas liberdades vestimentares do outro. Inclusive, tem muita gente apontando que estas leis são inconstitucionais. Como consultora de imagem, acredito que este tipo de roupa muito “despojada” pode acabar prejudicando quem a usa, dependendo da ocasião. Ainda assim, defenderei para sempre o seu direito de fazê-lo. Por fim, isso só me lembra uma coisa…

Alguém chama o Kevin Bacon!

Beijos,
Gabi