Há umas duas semanas eu li uma matéria que falava sobre os manequins super magros, de pernas super finas, da Topshop. Parece que uma cliente registrou a comparação com ela mesma (que veste tamanho 8 – equivalente ao 40 do Brasil) e disparou no Twitter. O caso, claro, deu o que falar e começou mais uma discussão sobre a hipervalorização da magreza.
A diferença é bem grande, né?! O manequim chega a me lembrar os sketches de moda, que costumam ser estilizados e super, ultra, mega finos, às vezes sendo bem próximos a um boneco de palito. É claro que o caso viralizou e muitas meninas reclamaram, com razão, sobre o excesso de magreza dos manequins. Lembrei de alguns casos que apareceram no início do ano, como os manequins de costelas aparentes na Primark e na La Perla, marca de lingerie.
Vi algumas pessoas defendendo o aspiracional dessas bonecas, que parecem modelos saídas diretamente das passarelas, e o fato das roupas terem um melhor caimento nessas proporções. Esse discurso pode até fazer algum sentido (algum sentido, veja bem) para as campanhas e desfiles, onde geralmente se vende o conceito da coleção. Essas roupas são produzidas em uma escala menor e são feitas somente em um tamanho ~pequeno~ que cabe apenas nas modelos.
Mas dentro de uma loja, com toda a grade de tamanhos disponíveis, onde eles querem vender para os mais variados tamanhos de mulheres, isso perde o sentindo. Na minha opinião, chega a afastar a cliente, que não se identifica e se sente oprimida pela imagem “perfeita” da magreza ali, esfregada na cara dela, bem no momento da compra. Entre um manequim tamanho 34 e um de tamanho 40, o último certamente vai fazer diferença na hora de vender uma roupa para mim.
Por isso fiquei feliz em ver que a Åhléns, uma grande loja sueca, usa manequins dos mais variados tamanhos. Foi uma super coincidência (ou não) esse link antigo (de 2013) ter aparecido no meu Facebook bem na semana desse caso da Topshop. Nem lembro como isso chegou a mim, mas deixei a aba da matéria aberta até hoje só para poder escrever esse post, rs.
Longe de mim fazer skinny shaming, é claro que existem meninas que são naturalmente bem magrinhas, mas é uma porcentagem muito pequena, que não representa nem a média dos biótipos femininos. A introdução de manequins de tamanhos variados (incluindo as magrinhas), que refletem a realidade com mulheres de todos os tamanhos, alturas, etnias, etc., têm tido uma aceitação bem grande em alguns países. Tem se falado tanto sobre aceitação e valorização de todos os tipos de corpos ultimamente, que acredito (e espero!) que as lojas que usem esses manequins extremamente magros, comecem a repensar o caso.
E aí, você acha que o tamanho do manequim te influencia ou te influenciaria na hora de fazer uma compra?
Beijos,
Mandy
Eu não costumo reparar nos manequins nas lojas, então creio que isso não me influencia mto na hora de comprar.
Mas pesaram a mão nesses 3 primeiros (tanto que o biquini vermelho nem “vestiu” bem).
No geral não me influenciam tanto, mas isso pq eu visto 40, o que não está muito distante dos manequins comuns, que geralmente são tamanho 38, mas caso esbarrasse com um desses super magros em alguma loja, ia ficar bastante incomodada e assustada, rs… Achei o máximo essa ideia dos tamanhos reais, que inclui as magrinhas, as altas, as baixas, as mais cheinhas. Representa todos os biótipos e a cliente se identifica bem mais, né?
Beijos!!
Mandy
Só pra corrigir, eu li o post original da menina que tirou a foto (@BeckyLHopper no Twitter), e a menina da foto é uma amiga dela que usa tamanho UK 8, já que elas são da Inglaterra. UK 8 é o tamanho que equivale a um 36 no Brasil. O que deixa tudo mais grave ainda, né…
Oi Camila!
Tudo bom?
Eu li numa matéria de um site daqui, eles não mencionavam que era a topshop da inglaterra! nossa, tamanho 36 então, pior ainda, né?? chocada!! :S
Beijos!!
M.
Oi, meninas!
Eu não costumo comentar, mas dessa vez quero contar uma historinha…
Há uns 6 anos, a minha cidade, que é um pólo têxtil (Americana) implementu uma lei obrigando as lojas que expunham roupas em manequins a utilizarem um número mínimo de bonecos plis size, proporcional ao total exposto.
Hoje não sei se a lei existe ainda ou se foi revogada. O fato é que mitas lojas mantiveram os bonecos gordinhos, pois sentiram que a população se identificouj mais com o produto oferecido e passaram a comprar mais, numa vibe de “essa roupa é pra mim!”.
Não seria mais sensato mostrar que todo mundo pode usar as roupas do que ficar espantando uma parte do consumidor?!
Bjo!
Nossa, Mariana, que bacana! Adorei essa iniciativa e adorei ainda mais que deu super certo, que as pessoas se identificaram e que eles mantiveram os manequins!
Obrigada por compartilhar por aqui e apareça mais vezes! :)
Beijos!!
Mandy