O mundo está mudando. Para melhor, eu diria. Apesar do processo ser um tanto doloroso, é inegável que estamos evoluindo como humanos, exercendo mais empatia e tolerância. A moda é um dos reflexos mais fortes desta mudança. Se há pouco tempo ter uma (ou todas) it-bag era o auge da ambição fashionista, hoje mal se fala nisso. Estamos mais conscientes e com interesses mais coletivos. Acredito que a mudança já atingiu o nosso consumo, o que talvez tenha levado a C&A a fazer esta campanha:
Não chamaria de nada menos do que épico. Não só pela belíssima estética e proposta que beira a fantasia, completamente diferente de todas as suas campanhas, sempre uber comerciais, mas pela coragem de encarar de frente a questão de gênero. Ou melhor, genderless. Botou mesmo um homem de vestido – e floridinho. É algo bem pioneiro, pelo menos aqui no Brasil, sobretudo considerando o público amplo da C&A. Seria um novo posicionamento? Se for, estou bem entusiasmada e curiosa.
A Zara chegou a lançar uma coleção sem gênero, mas acabou confundindo com Normcore. Tudo neutro e básico. Não era bem o que o coletivo estava demandando. Nesse ponto a C&A conseguiu superar a Zara. Depois da campanha da Louis Vuitton com Jaden Smith, acho que o mundo está mais preparado para lidar com a nova face da moda. E não é que a coleção da C&A ficou linda? Acho que as roupas em si não são extraordinárias, mas o styling e a proposta mudaram completamente. E eu gostei. Para quem não gosta, é aquela velha máxima: todo mundo é livre para não usar, mas temos que respeitar quem o fizer. O mundo mudou e a moda está acompanhando.
A linha foi batizada de “Tudo lindo e misturado” mas não sei ainda quando chega às lojas. O que acharam?
Beijos,
Gabi
I found myself nodding my noggin all the way thhrguo.