Sendo muito sincera, é muito raro que eu assista a uma novela. Desde que as séries surgiram na minha vida, ficou difícil recuperar o hábito de assistir a algo todos os dias. No entanto, estou amando a novela das 21h, Império! Ainda não consigo assistir diariamente, mas me peguei lamentando todas as vezes que perdi…
A princípio não sabia o que me agradava tanto na trama mas, parando para pensar, essa novela me parece totalmente diferente do conceito tradicional que eu lembrava. Separei alguns elementos:
1) O fim da “cota” gay :: Pelo que eu me lembrava, nunca um enredo desses teria mais de um homossexual, que geralmente era algo bem caricato. Em Império até agora são quatro! Tem travesti, tem casado “no armário”, tem novinho discreto e também um bem flamboyant. Adorei! Temos mesmo que mostrar para o Brasil que na vida real é assim também…
2) Protagonista vilão :: Aliás, são vários vilões. Quase todo mundo é vilão! Isso porque nada é “preto no branco” aqui. São todos nuances de cinza, como no mundo real. Todo mundo tem seu lado diabinho e anjinho. Até a mocinha coloca um par de chifre no namorado em nome de um outro homem. E a vida não é assim? Claro que uns são piores que outros, naturalmente. Além de meio vilão, o José Alfredo também é um bocado ridículo com seus inglesismos e mania de grandeza.
3) Abaixo ao falso moralismo :: Acho que nunca vi um casal tão bizarro na ficção novelística quanto Claudio Bolgari e sua esposa. Não porque ele tem (ou tinha?) um amante homem que ela consente, mas porque eles são felizes assim! Pelo menos até agora. A própria foi quem ajudou a reconciliar ambos do affair. E se eles são felizes, o que o resto tem a ver com isso? Só acho que eles poderiam ter sido mais compreensivos com o filho homofóbico no momento do choque da notícia… Ele é bem babaca, mas acho que até os mais liberais surtariam diante de um impacto desses, rs.
4) A frase mais importante do mundo que passou batida :: Maria Marta Medeiros de Mendonça e AlbuquerquezZzZzZz fala sobre o caso do marido para a sobrinha e dá a melhor declaração que eu já vi em favor das mulheres. Foi algo como “A menina não fez nada… Quem me traiu foi o José Alfredo“. Obrigada Aguinaldo Silva! Nós mulheres temos mania de culpar “a outra”, mas quem tinha o compromisso era ele. Não que essa atitude seja bacana, mas acho que foi uma boa contribuição para o fim dessa nossa rotina de mulheres odiando mulheres. Vamos atribuir algumas responsabilidades para os meninos também? Cof, Cauã, por exemplo. #FreeIsisValverde
5) Trilha sonora maravilhosa :: Dá o play aí em cima! Só gostaria que eles parassem de repetir o mesmíssimo trecho a cada cena do personagem “x”. Em determinado momento, se eles não saíssem da Suíça eu teria pessoalmente matado a Carla Bruni. “On me dit que nos vies ne valent pas grand-chose….Ahhhhh!”.
6) O casal enjoado que não enjoa :: Eu sei que eles só se beijam o tempo todo, mas se vocês não gostam, só lamento! Eu acho Cristina e Vicente o casal mais maravilhoso dos últimos tempos. Cheguei a perguntar no whatsapp se os atores estavam realmente juntos! Alguém sabe de algum babado? Nunca fico sabendo dessas coisas…
7. Sex Symbol fora da caixa :: Nada de sutiã de bojo, nada de megahair, nada de kajal… A sex symbol de Império tem cabelo curto, quase nenhuma make e vive seminua, sem jamais estar vulgar. Por que eu acho isso o máximo? Porque é bom sair do estereótipo. Inclusive, nunca me identifiquei muito com ele mesmo. Obrigada Marina Ruy Barbosa, digo, Maria Isis.
Bônus round :: Robertão. Porque sim.
Claro que nem tudo é perfeito nesta novela, mas acho que é uma grande evolução no entretenimento e também nos reflexos na sociedade. Eu gosto o suficiente para fazer vista grossa para os merchands do posto BR. Vamos ver como vai ser o desenrolar daqui pra frente! O que vocês acham?
Beijos,
Gabi
oii, O Rafael Cardoso (Vicente) é casado e acabou de ter uma filhinha com a esposa, que não é a Lendra Leal. kkk bjoo
Que mulher de sorte! rs
Beijosss G.
faltou a “hoje”, da mc ludmilla, nessa playlist ! acho que entrou como tema da adriana birolli ! e eu adoro um funk ! hahaha
Eu só importei a playlist deste site! Mas depois eu vi que faltou “Miss you Love” do Silverchair, que é a melhor pra mim! :)
Beijosss G.
Só uma correção: travesti não é gay. Travesti é trans*, que pode ou não ser gay :)
Eu realmente desconheço as definições apropriadas, rs.
Mas acho que dá para entender mais ou menos! hahaha…
Beijosss G.