O dia da mulher deste ano há de ser o mais especial em muito tempo. Desde que me conheço por gente, nunca vi uma comoção tão grande e uma conscientização tão forte. Eu diria que todos os dias são nossos há um bom tempo. Está bonito de ver como estamos mais cientes daquilo que nos cerca e combatendo as injustiças, como pudermos, a cada dia. É trabalho de formiguinha, mas acredito que estamos mudando as coisas.
Existe um item em especial que podemos mudar dentro de nós mesmas, que é muito simples, mas muito difícil. Se a gente conseguisse parar de competir entre si, poderíamos transformar o mundo com ainda mais força. Precisamos nos dar as mãos. Reverter aquilo que aprendemos desde cedo: somos rivais. Poucas coisas foram entranhadas com tanta profundidade quanto esse conceito de que a outra mulher é uma ameaça. Eu mesma luto diariamente para largar desta ideia…
Não existe piranha. Piranha é um peixe ou um prendedor de cabelos. Se a gente usa este termo, presume que uma mulher que exerce sua liberdade sexual está errada. Não existe vagabunda. Vagabunda é qualquer coisa de má qualidade. Nem vadia. A menos que a gente se refira à recusa de trabalhar. E isso vale até no caso da moça que eventualmente tentar seduzir seu namorado (ela pode ser babaca, mau-caráter… não piranha). E vamos lembrar que a fidelidade reside nele. Não temos inimigas, talvez inimizades, mas não inimigas. Essa glorificação da inveja é uma inversão de valores. Inveja da Gisele? Natural, rs. Mas essa é inofensiva. Me refiro à essa mania recente de vivermos em função das tais inimigas. Já notaram que o substantivo é feminino? Depois vieram as Falsianes e suas variantes. Esse eu reconheço que amo, ainda assim acho um pouco nocivo, rs.
Se tem uma coisa que podemos aprender com os homens é esse senso de irmandade. Precisamos tentar ter mais empatia com nossas similares. Vamos nos proteger. Torcer uma pela outra. Nos defender. E ter paciência e tolerância com aquelas que ainda não chegaram no tal patamar “ideal” de conscientização. Precisamos lembrar que estamos todas no mesmo barco e que é um processo. Vamos nos ajudar mais e nos julgar menos. Separadas somos “minoria“. Juntas somos a maioria. É difícil (para mim é muito) mas, praticando, a gente chega lá.
Quem sabe com essa mudança de dentro para fora não conseguimos reduzir com mais eficácia as estatísticas alarmantes que envolvem ser mulher? Sei que esta data não é exatamente sobre uma comemoração mas, de qualquer forma, acho que já temos um bocado do que nos orgulhar… Feliz dia da mulher!
Beijos,
Gabi
Gabi, conhece o blog da Nuta?
http://www.gwsmag.com/dia-internacional-da-mulher-indiquemulheres/
acho super afinado com vc! bjos
Claro!!! Elas arrasam! :* G.
Meninas, que Texto Maravilhoso!!! Assim, com letra maiúscula mesmo.
É isso. Simples assim. Temos que nos apoiar, juntas somos – e sempre seremos – mais fortes!
Feliz todo dia pra nós!
Beijos
<3 <3 <3 :* G.